Esta semana, a Vogue, uma das publicações mais importantes do mundo da moda, lançou mundialmente a campanha The Health Initiative, no intuito de promover um estilo de vida mais saudável, não buscando apenas o culto ao corpo, mas também ao espírito. O início da campanha foi marcada pelo lançamento da edição especial de junho da Vogue francesa, com Gisele Bündchen na capa.
A revista anunciou que vai proibir a extrema magreza das modelos nas suas páginas e comprometeu-se a não trabalhar com jovens menores de 16 anos ou que aparentem sofrer de distúrbios alimentares.
Em comunicado, Jonathan Newhouse, um dos responsáveis da Condé Nast International, editor da publicação, explicou que "os editores da Vogue de todo o mundo querem que as revistas reflitam um compromisso para com a saúde das modelos e com o bem-estar dos seus leitores". Newhouse acrescenta que "a Vogue acredita que a saúde é bonita", e garante que os diretores dos castings irão verificar cuidadosamente a identidade das modelos antes das sessões fotográficas e dos desfiles, para garantir que se cumpram as orientações estabelecidas.
As novas regras serão adotadas pela edição norte-americana, francesa, chinesa e britância já a partir do mês de Junho, seguindo-se a Vogue japonesa em Julho. A cultura do belo associada ao que é jovem e esbelto é arraigada. É conceito geral entre os estilistas que as pessoas magras vestem melhor e as peças dos desfiles são confeccionadas geralmente em tamanhos 36 – 38. Uma modelo para participar das principais semanas de moda e ter algum destaque a ponto de ser vistas pelos tantos scouters internacionais que frequentam esses eventos, deve ter altura em torno de 1,78m (máximo 1,80m) e ter cincunferência de quadril de no máximo 88 cm, isso atualmente, por que essa medida já foi 90 cm (2 centímetros na proporção de corpo dessas modelos muito altas, faz uma diferença considerável). Portanto, em função das exigências do Mercado, trabalhamos com esse padrão, treinamos os olhos para encontrar pessoas com este perfil e já de antemão sabemos quando um quadril está maior do que deveria ou que faltam alguns centímetros para ser bem aceita e fazer sucesso em qualquer mercado do mundo.
Na busca desse tipo físico, vemos no nosso dia-a-dia, modelos magras e longilíneas que por características pessoais tem a dádiva de não engordar, mesmo comendo muito bem e modelos que lutam com gorduras que por características genéticas, se acumulam em lugares difíceis de eliminar, às vezes comendo bem menos que as que são naturalmente magras, e vemos o quanto tudo isso gera sofrimento, desestímulo, frustração, ansiedade e às vezes mais alguns quilos extras. E vemos também pessoas comuns, que não trabalham com isso, na mesma ansiedade, buscando medidas e formatos, muitas vezes inatingíveis perdendo saúde e vida.
Nós da Super Agency torcemos que a postura da Vogue seja o início de uma mudança. Aplaudimos aqui qualquer tentativa de reaproximar as pessoas dos seus tipos físicos, aprendendo a não só aceitar como valorizar suas belezas e peculiaridades, estamos aqui por que queremos principalmente garantir a saúde física e mental dessas meninas que muito jovens começam a trabalhar e perseguir um ideal muitas vezes impossível.
A Super acredita que em se tratando de beleza: saúde, atitude e amor-próprio são fundamentais!Que Paris, como sempre faz, lance essa moda e que ela venha pra ficar! A Super Agency como a Vogue também acredita que saúde e felicidade tornam as pessoas mais bonitas!
Simplesmente concordo com tudo isso, acho que nós modelos podemos manter o padrão de ser magra, porém com saúde e bem estar, afinal, estar bem consigo mesma é a imagem que temos que passar no trabalho, então por que não fazer isto de verdade?! Se os padrões anoréxicos realmente começarem a mudar, vai ser uma grande mudança para o conceito de moda e para a saúde de muitas meninas!! Parabéns pela reportagem, deveria ter uma maior divulgação. Beijos amores
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